quinta-feira, 4 de junho de 2009

o fim

Se pudesse diria que te sorvo, como se te transformasse num líquido bebido após sete dias de sede, um conta-gotas como lembranças surgidas. Já te disse que tudo são momentos ou que nada vai muito além de olhos pobres e mentes inférteis.. Talvez meus pensamentos façam minha alma ajoelhar, e tentar desviá-los para uma prece em nome de Deus, em nome de mim.. e escapo sempre num mesmo vão, vão que chamo de você, e aí te digo que por você ser um vãozinho, que se tornou uma estrada é que me perdi. Sei quanto é preciso transcorrer até o fim, mesmo temendo que ele não exista, e este é o sentido da vida, o fim. Tudo se encaminha para um muro abandonado, sujo purulento, onde estatelamos. Rapidamente nos refazemos, e transmutamo-nos na dúvida, novamente, será que existe este sentido, então? Isto esperneia no peito, talvez por isso não sentimos mais dor ou fé. Talvez não tenha sobrado nada. Somente vazio, percepção, silêncio. Anestesiamo-nos cedo demais. Talvez estejamos mortos, justamente pelo excesso de vida que nos causou o viver (...)

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