sexta-feira, 24 de junho de 2011

Dito, o amor

É triste sem você.
O conforto mora onde está teu pensamento, e
Ver-te é iluminar ainda mais a face clara que o
amor guarda e leva teu nome.
Cada silêncio longo talvez seja o bramir do
coração,
Que por vir morar em mim o teu,
Que por tornar-te a ti o meu,
São a mesma coisa;
O mesmo pulso, o mesmo gesto rítmico
de vida.
E divisando-te a pele ora rubra,
O vasto branco detentor do sagrado
sangue que lhe recobre as faces
Tornando-te, de repente, a paixão e a paz no meu
corpo;
O céuinferno sedante
Que se instala fora da tua presença
mediadora do haver.

E significamos a razão pura.

Pois que somos a composição,
Somos a permuta devota de um sentimento íntimo.
E as horas prosseguem vagas
Sob a tua vigília vastíssima
De olhos prolongados por sobre
as ondas de ausência que me causa.

Guarda o meu prosseguir,
Apascentando-me.

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